O Humoremconto, como o próprio nome diz,
é um blog de contos de humor.
Mas às vezes quebrar algumas regrinhas é bom, se faz necessário.
Neste post, uma crônica que fiz baseada num sentimento e
é um blog de contos de humor.
Mas às vezes quebrar algumas regrinhas é bom, se faz necessário.
Neste post, uma crônica que fiz baseada num sentimento e
em algumas pessoas que me inspiraram definitivamente.
Espero que aproveitem e se permitam entrar no clima de Hair!
Aquarius, música tema de Hair, filme dirigido por Milos Forman (EUA/1979), consegue materializar como película todos os anseios de uma geração. O roteiro é baseado em espetáculo homônimo da Broadway. Conta a história de um rapaz do interior que passa por Nova Iorque um dia antes de se alistar para a Guerra do Vietnã, e conhece um grupo de hippies, com os quais passa a conviver.
"Quando a lua estiver na sétima casa, e Júpiter alinhar-se com Marte, então a paz guiará os planetas, e o amor dirigirá as estrelas".
O filme marcou história, mas não parou no tempo.
Pensando assim, depois de algumas décadas de vida, descobri que alma tem cabelo. Pois é! Alma tem cabelo sim! Tudo pelo amor ao equilibrio da tal "paz mundial", talvez a grande utopia pregada desde o século passado, mas um acordo de cavalheiros com o presente. Um nirvana de conceitos, onde o respeito ao diferente impera. Tendo consciência que somos seres em constante transformação, absorvendo, construindo; reconstrução e destruição, no acertar e errar: a iconoclasia cotidiana; mas buscando nossas histórias nas pegadas em conjunto, na areia marcada por outros pés. O respeito ao planeta, a natureza, ao próximo, até ao vizinho que mora ao lado, que deve lá ter seu motivo de ser tão chato.
Tudo na vida pode dar certo, mesmo que pareça que está errado. É o desafio constante. Se fosse fácil e bonitinho, era só resolver algumas fórmulas no café da manhã e teriamos um dia perfeito.
O Hair é mais que isso. Propõem o desafio do dia-a-dia. O choque de gerações e até de nós com nós mesmos, num constante divórcio do ir e vir individual. O descobrir suas capacidades e testar seus limites, de outra forma não tem como evoluir.
A alma que tem cabelo está pronta para novos penteados. Um dia quer prendê-lo, em outro soltá-lo, colocar adereços, lavar, escovar. O careca não, almas com alopecia não se permitem opções e nem pentes usam. Costumam a conceber tudo em regras pré-determinadas. Privilegiam à técnica; ao bom senso. A si próprias; ao coletivo. Por isso são carecas de alma, sem opções de ter o privilégio de soltarem seus cabelos esvoaçantes por aí numa brisa da manhã.
É meus caros, quem tem alma cabeluda reconhece nos outros todos os cabelos que têm, e propõem uma marcha quase silenciosa em busca de uma magia, um "clic" do destino: a grande utopia, a mística, que possa trazer melhor vida a todos. A verdadeira lei da compensação. Se eu fizer o bem; o bem retornará. Lei da física? Quem sabe? Mas calcada no respeito, apesar do desafio. Ser pacífico, mas sem atitudes estanques. "Viver, e não apenas aguentar". Esse é o Hair.
"Quando a lua estiver na sétima casa, e Júpiter alinhar-se com Marte, então a paz guiará os planetas, e o amor dirigirá as estrelas".
O filme marcou história, mas não parou no tempo.
Pensando assim, depois de algumas décadas de vida, descobri que alma tem cabelo. Pois é! Alma tem cabelo sim! Tudo pelo amor ao equilibrio da tal "paz mundial", talvez a grande utopia pregada desde o século passado, mas um acordo de cavalheiros com o presente. Um nirvana de conceitos, onde o respeito ao diferente impera. Tendo consciência que somos seres em constante transformação, absorvendo, construindo; reconstrução e destruição, no acertar e errar: a iconoclasia cotidiana; mas buscando nossas histórias nas pegadas em conjunto, na areia marcada por outros pés. O respeito ao planeta, a natureza, ao próximo, até ao vizinho que mora ao lado, que deve lá ter seu motivo de ser tão chato.
Tudo na vida pode dar certo, mesmo que pareça que está errado. É o desafio constante. Se fosse fácil e bonitinho, era só resolver algumas fórmulas no café da manhã e teriamos um dia perfeito.
O Hair é mais que isso. Propõem o desafio do dia-a-dia. O choque de gerações e até de nós com nós mesmos, num constante divórcio do ir e vir individual. O descobrir suas capacidades e testar seus limites, de outra forma não tem como evoluir.
A alma que tem cabelo está pronta para novos penteados. Um dia quer prendê-lo, em outro soltá-lo, colocar adereços, lavar, escovar. O careca não, almas com alopecia não se permitem opções e nem pentes usam. Costumam a conceber tudo em regras pré-determinadas. Privilegiam à técnica; ao bom senso. A si próprias; ao coletivo. Por isso são carecas de alma, sem opções de ter o privilégio de soltarem seus cabelos esvoaçantes por aí numa brisa da manhã.
É meus caros, quem tem alma cabeluda reconhece nos outros todos os cabelos que têm, e propõem uma marcha quase silenciosa em busca de uma magia, um "clic" do destino: a grande utopia, a mística, que possa trazer melhor vida a todos. A verdadeira lei da compensação. Se eu fizer o bem; o bem retornará. Lei da física? Quem sabe? Mas calcada no respeito, apesar do desafio. Ser pacífico, mas sem atitudes estanques. "Viver, e não apenas aguentar". Esse é o Hair.