Mata
fechada, tempo quente e úmido, bichos peçonhentos, insetos, e você sentado em
uma rocha. Como nativo isolado, ouve cascata ao longe, o grito dos macacos e
nada mais. Olha para o céu, e árvores centenárias encobrem sua visão; para os
lados, e mais ninguém.
É assim que o adolescente
se imagina, um índio sozinho. Como se a natureza conspirasse contra, impedindo
uma atenção privada, uma companhia. Fossemos o último ser humano a alguém dar
valor, ou perceber. Queremos compreensão, alguém que nos escute e nos diga
coisas interessantes que nos deixem calados. E a única solução para esse dilema
solidão-atenção, parece ser participar de uma tribo.
Fui adolescente nos anos
80, tempo de muitas cores e new wave. Tudo era rosa choque e verde limão,
ombreiras, Madonna e cubo mágico. Consegui algumas coisas na vida, mas jamais
concluir esse maldito jogo do cubo, grande frustração. Aí apareceram as tribos
dos darks, que se vestiam de preto e cultuavam a pós-modernidade. Não foram poucas vezes em que me vesti toda de preto, com correntes
prateadas no pescoço e grande crucifixo.
Hoje, quando me deparo com
o aparecimento de novas tribos, me sinto de volta ouvindo The Smiths, lendo
Keats e Yeats, e esperando semana toda pela balada no Ovo de Colombo*, e que o
cara do blusão com a letra "A" me olhasse. Alberto, Alexandre? Nunca
soube o nome dele.
O tempo segue seu rumo,
mas as tribos não acabam em nossa vida. Se você pensar um pouquinho, vai
perceber que pertence a alguma, mesmo que não seja mais adolescente.
Pensei por alguns segundos, e me declarei oficialmente como índia da tribo:
"corredores atrás da máquina".
Entenda-se por "máquina", tudo que nos motiva, impulsiona,
realiza. Corro atrás da felicidade; dos projetos pessoais e os da família; do
trabalho; de uma vida melhor para minha filha, o que me leva a correr atrás de
coisas materiais, e até mesmo do relógio. Preparo meus músculos para aguentar
essa maratona, pois pela lógica, quanto mais tentar, mais chances tenho de
conseguir; mesmo que isso implique em cansaço e fadiga.
Lembro-me com saudades das minhas antigas tribos, como era bom quando a
idade não nos cobrava resultados, já era válido apenas participar de alguma
coisa, como celebridades do bairro ou da danceteria, na procura apenas por
elogios e atenção.
Índia da
tribo de ontem, vestindo preto e correntes prateadas; hoje, correndo atrás da
máquina, mas sempre com a certeza de que nunca estive sozinha, até porque em
nenhuma parte do mundo ou do tempo, existiu tribo de um índio só.
Olá, amiga Cissizinha!
ResponderExcluirPuxa, que texto magnífico e sábio!
Olhando para trás é que percebemos que o tempo passou e éramos felizes sem termos consciência.
O índio sozinho realmente não faz uma tribo, pois é um ser solitário.
O homem, como ser social, tem tendência a formar sua tribo, seja consciente ou não, com outros de hábito e característica semelhantes.
Que bom que fomos jovens na mesma época!
Não envelhecemos, apenas estamos mais sábios.
Este poema veio bem a calhar, eu não o conhecia.
Apesar de Cronos ser implacável e deletério, vamos ficando imortais com nossos atos e nossas obras.
Gosto muito desta frase:
"A juventude não é uma fase da vida: é um estado de espírito". (Miguel Alemán).
Parabéns pela sageza!
Abraços do amigo de sempre e ótimo fim de semana para ti e família!
Oi Ciccinha, Irmãzinha querida!!
ExcluirVamos por partes....
Voce hoje..esta ainda mais bela.
Tribo: É bom saber que fazemos parte de algo.
Mas sempre digo para Bruna. Só siga o rebanho se voce quiser.
Ela responde: relaxa mãe, sou a Bruna em qualquer lugar.
Eu me lembro do primeiro bailinho de escola que fui na adolescencia ( sempre fui meia lerda rsrs ).
Eu tinha 14 anos. Com poucas posses, com que roupa fui?
Uma camiseta branca com a foto do Horácio ( lembra, aquele personagem verde dos desenhos )?, e uma calça verde.
Imagina como fui Linda.
Mas o filho do Professor de frances me tirou para dançar.
Foi tudo..rs
Foi quando eu dei um trago num cigarro, fiquei tonta e nunca mais fumei um cigarro inteiro.
O tempo passa... as marcas ruins cicatrizam ( se formos espertos ), as boas ficam no coração.
Um beijo..um final de semana bem bacana com sua familia!! te gosto!!
Nossa, a juventude juntamente com a adolescência é uma fase muito bonita de nova vida e de grandes descobertas. Queria ter sido adolescente nos anos 80, creio que as minhas ''tribos'' combinam mais com essa época do que com a época atual. Beijão, www.spiderwebs.tk
ResponderExcluirNão gosto muito de rótulos. Acho que devemos ser avaliados pelo caráter e não por ser da religião A, ou do país B ou da tribo C. Porém, concordo, todos, querendo ou não, tem preferência por alguma tribo e faz parte de uma. Podemos circular por várias, mas sempre temos a que mais nos adaptamos e admiramos.
ResponderExcluirUma vez, num outro blog que eu tinha, eu fiz uma cronologia sobre as tribos desde os anos 50. Se há preconceitos com os Emos de hoje, houve também com os negros bluseiros em 50, hippies em 60, punks em 70, posers glam em 80, grunge em 90 e emos 2000. Claro que em cada época surgiram outras tribos, mas citei apenas as principais.
É bem como tu disse, os jovens tem necessidade de se afirmar na sociedade, consolidar seu espaço. E o mais bacada disso tudo, é que o tempo passa, amadurecemos, corremos atrás da maquina como você diz, e muitas vezes continuamos imaturos e com a alma jovem ainda.
Beijãoo Cissa!
Retorno ao passado povoado dos nossos medos e necessidades.
ResponderExcluirCada pessoa tem necessidade dos outros. Ouvir a sua voz e ter respostas às suas perguntas.
As marcas que conservamos dos nossos passeios pela floresta da vida.
Oi querida Cissinha,
ResponderExcluirLi o seu texto e volto logo para comentários.
Bom sábado!
Gostei demais desse seu post, porque concordo totalmente com ele. Acho que todo mundo, principalmente na época da adolescencia sente a necessidade de pertencer a uma tribo. E é simples explicar isso. Quem não gosta de estar rodeado por pessoas com quem se identifica? As vezes, ajuda até mesmo no crescimento pessoal. =D
ResponderExcluirBeijos,
http://ideias-defenestradas.blogspot.com.br/
Oi Ana Cecília que coisa mais linda seu texto!
ResponderExcluirMe trouxe uma nostalgia boa de uma época em que minha tribo tocava violão e olhava para o céu. Nos perdemos. Mas eu ainda continuo olhando para o céu e posso garantir que ele não é o mesmo.
bjos
Viagens pela memória. Belo e nostálgico.
ResponderExcluirAmei o texto e a imagem também ( parece que chora a natureza)
beijinho
Mina, seus cabelo é da hora, um docinho de coco....kkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAi meu Deus...E as sandálias que eu usava pareciam um tijolo com tiras.
Ótimo post Ciss.
Eu era da tribo que sentava no fundão, e frequentava o "Super Som Sete"ou então o "Fé e Alegria"(baladinha que era promovida pelos padres do bairro).
Até os que não gostam de tribos fazem parte da "tribo dos que não gostam de tribos".
Morri aqui.........
Bom findi linda.
Oi Cissa,
ResponderExcluirseu texto nostálgico e belo me levou até a minha adolescência, boas lembranças, mas aquela menina ainda está contida aqui, ganhamos camadas mas sem perder as anteriores.
Você está linda na fota, como todas as suas de hoje também são, sempre felizes!
Beijos e um bom final de semana
É Cissa... Nossas tribos e nossas lutas correndo atrás do vento não deram em quase nada a não ser viver dias felizes nos idos tempos da decada de 80! Bela postagem minha amiga.
ResponderExcluirUm beijão ao povo daí e tenha um lindo final de semana!
Olá Ana!!!
ResponderExcluirAssim como ninguém ouviu dizer que uma biblioteca tenha sido saqueada, acredite sim que tenha existido uma tribo de um índio só (exceção a parte), a minha. Talvez seja em forma de um solilóquio ou standup. Ou a tribo da contramão.
O fato de as décadas marcantes tenham deixado suas raízes, para mim, estas últimas não receberam adubo.
Logo cedo, com sete anos de idade, comecei a servir à família. Sobrinhos para cuidar.
Aos vinte, mãe doente para assistir.
Aos trinta, pai viúvo para compensar.
Aos quarenta, marido dezessete anos mais novo para complementar.
A moda da época? Avental.
A música? Canção de ninar.
O calçado? Sandálias para não cansar.
Festas? Aniversários de família.
Se de um lado há quem creia que nada tem a
ver com nada, do outro há um processo mais amplo e envolvente: o de servir!
Abraços de Cida!!!
Boa noite minha loirinha amada e querida!!!!!
ResponderExcluirFui mas voltei,com saudades de ti que nos encanta sempre com belas postagens.Essa me trouxe uma nostalgia daquele tempo que com certeza não volta mais.Agora tenho certeza que sempre reinará as boas lembranças...
Sua imagem está linda e naturalissima !!!!!!!
Bjs meu docinho de coco...
cecília, minha querida amiga,
ResponderExcluirli, reli e treli este teu texto por diversas razões que me foram impondo leituras em catavento. impossível não pertencermos a tribos ou não fosse o homem um ser eminentemente social que só consegue a plenitude, por mais capacitado que seja, na relação com os demais, mesmo que entre os seus semelhantes crie nichos de pertença que o individualizem. recordo imensamente o filme "into the wild", de sean penn (que banda sonora do eddie veder, hein?), e toda a odisseia do jovem que atira para trás das costas as determinações sociais para se infiltrar no alasca, em busca de uma vida poeticamente perfeita, porque fundada no reencontro virginal com a mãe-natureza. até aqui, muito bem, não fosse o facto de acabar por morrer só, sem que as tribos que abominou e de que fugiu pudessem valer-lhe no momento em que o veneno de uma planta consumida no extremo da fome lhe destroi o sonho.
também eu pertenci a tribos que não diferiam grandemente das que descreves: the smiths, sex pistols ou bauhaus na cave do viegas, a discutir se há alma nas pedras, qual dos heterónimos de pessoa me falava mais ao coração, o nome da giraça de olhos azuis no privé (discoteca popular em braga), ou se deus, vivendo nos dias de então, perderia, mesmo que por instantes, a noção da missão que o movia.
termino dizendo-te que yeats é daqueles poetas que atravessaram as diferentes tribos a que pertenci :); conheci-o já com 20 anos, mas foi amor à primeira vista. o texto dele que publicas, aqui, é de arrepiar e se nos anos 80 talvez me tivesse passado despercebido, hoje inscreve o seu grito na minha pele, justamente como aquelas gotas dispersas que se despenham, levemente, de modo quase impercetível, pela íris de vidro que se esconde do lado de dentro do quarto, sonhando com o que foi, com o que não é ou com o que um dia talvez ainda venha a ser (fotografia alegórica e um texto dentro do texto): the boy with the thorn in his side and his murderous desire for love.
beijinho, minha querida amiga!
Bahhhh... tenho tanto a lembrar e falar sobre a nossa adolescência, que eu volto num momento q nåo seja por celular... rssss
ResponderExcluirBah, Bel, tu não voltou?
Excluirhahaha!
Beijos
Oi Cissinha,
ResponderExcluirVoltando e relendo! Penso que o ser humano precisa de tribo, pois é preciso se sentir em um grupo de referência para não fugir da normalidade. Hoje li uma frase sobre a solidão que falava que solidão é estar na tribo e não saber nem o nome do cacique.
Todavia, a tribo da adolescência é segura, pois lá todos são iguais e quando muito há divergência é o canal da música ou o interesse pela mesma garota ou garoto. Hoje esse tribo que temos que conviver é exclusiva por natureza e a seleção natural é incontrolável. Quando você falou da luta para se ter um espaço melhor, pensei que nem o cansaço é sinal que não se será expulso da oca.
"Corredora atrás da máquina" é uma rota factível, embora tortuosa e com muitos abismos, pior que a mata fechada das antigas tribos, mas como vc falou não estamos sozinha, não existe tribo de um índio só e aí é tocar o barco na direção do rio, se banhar como os antigos, apenas com água e sair para a caça sema afugentar os animais e respeitar o habitat.
No mais, sempre linda, desde a adolescência, decidida e com umm excelente gosto musical.
Beijos e bom domingo, amiga que tanto quero bem.
Boa noite, Ana.
ResponderExcluirÉ verdade a frase que diz que nenhum homem é uma ilha, completo em si mesmo.
Não importa nossa idade, sempre buscaremos pessoas que combinam conosco, não importa o quanto mudemos.
Li em algum lugar que a moda atual se torna ridícula dali a dez anos, e acho que isso é bem verdade.
Fico imaginando o que a Joicy vai dizer da tua (bela) foto.
Joicy, tá contigo.
Abraço e bom domingo pra ti, Ana.
Ola Ana belo texto,
ResponderExcluirVocê sabe que eu quase pirei tentando acertar o tal cubo mágico nos anos 80? Também quando consegui ficou tão fácil que nunca mais quis ver na frente.
Sem dúvida os anos 80 foram especiais e se naquela época fazíamos parte de algumas tribos inevitavelmente hoje estamos em outras com um tempero a mais, a responsabilidade.
O nome do point que achei legal o "ovo de colombo", rsrsrsrs
Abração!
Flávio.
--> Blog Telinha Crítica <--
Oi Cissa
ResponderExcluirQue lindo texto, eu tive a honra de fazer parte da adolescência dos anos 80. A gente era feliz e não sabia né amiga? Não tinha nada com que se preocupar, além de coisinhas tão banais, que prá gente eram tão importantes. Quando vc falou que é geração que fica atrás da máquina, eu pensei que vc estava falando, quem fica atrás do computador (kkkkkkkk), depois que eu terminei de ler o texto eu entendi que tipo de máquina, quase que vc teve que desenhar prá eu entender (kkkkkkk). As vezes fico pensando, a gente corre tanto, prá que? Prá dar um conforto para os filhos, só o tempo dirá se estamos certas, ou se a Amélia que ficava (só) cuidando da casa é que estava certa.
Ah, antes que eu me esqueça, vc toma formol? Porquê vc não mudou quase nada menina. Já sei o que vc vai responder. Lucianinha sua queridona (kkkkkk). Mas é verdade. Bjão e um ótimo domingo.
ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br
Mrs Vampire, como prometido, cá estou.
ResponderExcluirAgora que falou em festas, acabei de chegar de uma que o poeta Renato Russo descreveria tão bem "festa estranha, com gente esquisita". E o "gente esquisita" no caso, é tribo de patys e playboys (que é uma heresia chamá-los de "tribo") mas, programas fracassados a parte (veja se isso é horário pra chegar em casa! Tédio total, ahah) achei seu post muito legal.
Aprendi com meu pai, além da leitura, a apreciar também muitas coisas dos anos 80, como músicas (as melhores, nenhuma década conseguiu superar, nem a dos 60, minha opinião) e também os filmes tipo Footloose, Curtindo a Vida Adoidado, atualmente não se faz comédia legal assim, é tudo tão apelativo e... chato. Por sorte existe a VH1 para nos tirar do marasmo.
O que é um pouco inevitável é não rir do visual. Pessoal muito criativo, o que eram aqueles cabelos??? WTF? Cindy Lauper é um ícone do exagero, não consigo imaginar como tinha coragem, contudo, acredito que pra época quem a imitasse devia estar arrasando.
Sobre o Rubrick Cube, nem me fale, eu ganhei um certa vez, mas acredito que era fake, não devia ser o original da época. Fiquei tão estressado que destruí ele e combinei as cores!
Ficou o aprendizado, por vezes, é preciso destruir certas coisas para que elas fiquem do nosso jeito. :D
A minha música preferida do The Smiths é How Soon is Now, gostei muito da versão feita por Love Spit Love, dá uma olhada:
http://www.youtube.com/watch?v=qoiO0r0AoAA
nada como reviver, não é mesmo
ResponderExcluiras centelhas do passado sempre reaparecem - até para que conseguimos elaborar e aprender ainda mais.
os ideais são transmutáveis, camaleônicos, mas eles jamais perdem a essência única do íntimo, que é o equilíbrio do amor... o amor, na minha opinião, é o único sentimento que não é relativo e, por isso, ele nos impulsiona para conhecer e reconhecer tribos e mais tribos.
grande abraço.
Oi Cecília,
ResponderExcluirvim tirar sua dúvida.
Sou mineira sim, de Belo Horizonte.
Beijos e ótimo domingo pra você.
Oi Cissa,
ResponderExcluirviajei lá atrás na minha tribo. Tambem tenho saudades da boate, a que eu frequentava se chamava Tio Patinhas e reinávamos absolutos naquele lugar.
hoje somos outras tribos, outras interesses, mas continuamos tribos.
bjs
Leila
Cissa, se eu te disser que vc não mudou nada dessa foto pra cá, vc acredita? Bem, eu e você vivemos nossa aborrescência na mesma época, vivi intensamente cada momento nos anos 80, tenho boas e más lembranças, mas no geral, foi uma das melhores épocas de minha vida, se eu pudesse listar as melhores épocas em minha vida, em primeiro lugar viria os anos 70, quando eu era criança, segundo, o momento atual de minha vida, e em terceiro voltaria para os anos 80. Não me entrosei em nenhuma tribo em especial, gostava de rock, mas o rock da época era o bom pop, mas forjei meu gosto musical nesse tempo, e até hoje devo a minha formação musical aos anos 80, e sinto muito também em não ter registros daquela época, como fotos ou filmagens (essa segunda quase impossível), mas as lembranças estão vívidas até hoje, ótimo post.
ResponderExcluirAbração pra ti.
Olá!Boa tarde!
ResponderExcluirTudo bem?
Li atentamente!
... ter tribo acontece na vida da gente qdo somos adolescentes e estamos descobrindo mais o mundo, os lugares, as pessoas... Ter tribo é bom, se considerarmos os bons momentos, como você citou...
Penso que inclusive, tribos desenvolvem papel importante para a cultura e sociabilização dos seres humanos, porém é de suma importância q haja respeito e tolerância umas com as outras.As tribos muitas vezes se excluem.
Minha tribo atual é da turma do sou mais família, mais pé no chão, mas já houve tempo em que curti o movimento de disco alternativo,porém odiava rótulos, não me limitava a isso.. e na blogosfera, a minha tribo se chama QUERU SHA BÊ DY TUDHU DI BON.
Bom domingo!
Obrigado pelo carinho da visita!
Beijos
...ihhh..esqueci... linda na foto...como sempre!
ResponderExcluirCissa!
ResponderExcluirNossa que post perfeito! Gostei muito de vc mencionar o The Smiths e como ele fez parte de sua adolescência. Eu engajei nas tribos urbanas (em particular na cena gótica não sei bem por qual razão..simplesmente comecei a curtir o som e a estética e depois fui me aprofundando).
Lembro que vc tinha mencionado uma certa influência pelos góticos na sua adolescência mas não pensei que vc andava no visuh! Qualquer da desses te mostro umas fotos minhas da época de rolê \o/
Mas é isso..as músicas do Smiths mexem tanto com a gente!
bjs
The Smiths! \o Eu acho que tou trocando de tribo todo mês... assim como de layout do blog hahahaha, mas o último durou bastante. Acho que vai ser sempre assim...
ResponderExcluir=D
Cheguei a andar com uns amigos góticos, onde pulava o muro do cemitério da Consolação para ficar lendo Willian Blake em baixo das estatuas. Ma a verdade é que eu já era de outra geração, talvez a ultima que se salvou no rock and roll, o grunge. Andava com muitas camisas xadrez, e tinha o cabelo no ombro. Foi meio depressivo aquela época, mas faz parte da minha história. Todos temos tribos...e migramos para várias no decorrer de nossa vida, e é sempre bom recordar.
ResponderExcluirUm beijo Madrinha da blogosfera.
Olá Cissa querida,
ResponderExcluirEstou passando para dizer que convidei você para participar do Meme CONHEÇA O(A) BLOGUEIRO(A). Maiores detalhes você encontrará no meu blog RECANTO DA POESIA.
Um grande e afetuoso beijo, amiga.
Maria Paraguassu.
Cissinha, minha nêga,
ResponderExcluirEu começo pelo final, olha que coisa...bom, sou meio deslocado mesmo, então lá vai: que belo poema de Yeats! Lembro que estudamos alguns poetas de língua inglesa do século XX na faculdade e claro que Yeats estava dentre eles. E Yeats também procurou sua "tribo" nas primeiras décadas do século XX que se iniciava. Nunca se decidiu - inclusive politicamente.
Talvez pelo fato daquele começo de século ser, de certa forma, parecido com o início deste século XXI: a fugacidade dos movimentos, das "tribos" e o modo como os comportamentos vêm mudando são dão o tom de nosso tempo. Dos "ismos" da década de 1910 aos "emos" neste começo de 2000, muitas e muitas tribos existiram e tantas pessoas tentaram "encaixar" em seus grupos de preferências, mudando de um para outro às vezes com mais facilidades como se trocam camisas.
Peguei o final da década de 80 entrando na pré-adolescência e naquele período 13, 14 anos era metido a "punk", mas não era bem a minha, então mais tarde fui pro lado dos "metaleiros", mas também não era a minha praia...depois apareceu o grunge varrendo tudo quanto era "tribo". (depois vieram os "clubbers" ou "technos") Não me encaixava neste grupo e aí parei de caçar uma tribo, simplesmente preferi me tornar um "flâneur", vagando aqui e ali e sempre atento ao que acontecia - e por não vestir de um jeito ou de outro, era aceito em vários meios. Sem saber eu já estava praticamente no século XXI: percorrendo várias esferas, conversando e sem pertencer especificamente a nenhum grupo. Pós-moderno, fragmentado...
Hoje as "tribos" são outras: twitter, facebook, orkut, tumbrl, etc. Ainda perdura a coisa de "pertencer" a determinados grupos, mas isso é coisa mesmo do ser humano em certa fase da vida. Bem, na verdade sempre estamos buscando identificações - e identidades. Como somos influenciados, algumas vezes, por grupos.
É um assunto bem interessante mesmo. Já vi até um estudo sobre as diversas tribos desde os anos 60 e é bem intrigante.
Ah! A minha ida para Porto Alegre começa a tomar jeitão de que vai acontecer nos primeiros dias de Maio. Vamos ver se acontece mesmo! rs
Beijinho, Cissinha! Ótima semana!
PS: gatinha aos 16 aninhos e gatona agora! :)
Oi Cissa!
ResponderExcluirDe fato, sempre vão existir tribos e nós sempre estaremos em uma, não importa a idade. É muito interessante ver as novas tribos que surgem (com exceção de algumas que são decepcionantes) e que as antigas ainda perduram.
Bjuss!
é tão bom ler e ver parte da nossa adolescência, eu confesso que ainda uso o preto, visto-me quase sempre com esta cor e se perguntares a alguém que ambas conhecemos, ainda tenho uma corrente que guardo religiosamente quando chove, não vá ela enferrujar
ResponderExcluirquer queiramos ou não, a tribo a que pertencemos vai connosco até ao fim
beijinho
[<3]
Cecília, uma delícia esse texto! também vivi essas tribos, a adolescência dos anos 80... a poesia, a música, a rebeldia social, política...
ResponderExcluireu adoro Yeats, mas o conheci um pouco mais tarde.
adorei :))
beijocas
Cissa, um beijo no seu coração! Seu texto me levou por alguns instantes a relembrar uma doce época de minha vida, os anos 80, como citado por você. Na fase de adolescência fazer parte de uma tribo, é algo absolutamente normal, viu. Muito embora as coisas nos tempos atuais já não são como em nossa época, o que é normal também.
ResponderExcluirCissa, um beijo no seu coração! Seu texto me levou por alguns instantes a relembrar uma doce época de minha vida, os anos 80, como citado por você. Na fase de adolescência fazer parte de uma tribo, é algo absolutamente normal, viu. Muito embora as coisas nos tempos atuais já não são como em nossa época, o que é normal também.
ResponderExcluirCissinha, que postagem interessante! Tá, há sempre algo interessante por aqui... mas, digo essa em específico pq estava falando com o marido, sobre isso, sábado passado. Estávamos discutindo sobre as implicações de ser adolescente. Ele fez um comentário do tipo "os adultos deveriam se lembrar de como foi difícil ser adolescente. Se fizessem essa reflexão, não sairiam jogando pedras nas atitudes dos coitados"... realmente, não é fácil lidar com todos os hormônios, mudanças e afins. Entrar numa tribo, de certa forma, acontece pq desejam ser aceitos.
ResponderExcluirSobre sua foto, eu não poderia deixar de reparar! Que linda, vc!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
bjks
Ah, eu voltei só pra dizer que dá pra ver na cara que vc tá no estilo oitentista, nessa foto! rs... lindaaa!
ExcluirOlá Cissa,
ResponderExcluirBoas recordações são nossos melhores tesouros.
Também tive uma adolescência maravilhosa, embora eu ter sido bastante rebelde entre aos 12 e 14 anos.
Hoje sei que não é fácil conviver com essa turminha, mas é uma das melhores fase da vida.
Adorei a foto!
Fragmento do poema, gostei imenso.
Queria te enviar um livro, que tal? Mas estou em dúvida,do que tu gosta de ler.
Estou aguardando um livro, acho que na próxima semana ja deve estar comigo. Depois te passo um email.
Desculpa a demora em aparecer, mais esses dias tenho estado muito pouco pela net. Na facebook ja tem mais de uma semana que não passo por lá. Os dia parecem pequenos demais pra tantas coisas pra fazer.
Mais... Vamos que vamos!
Beijos!
Minha querida
ResponderExcluirum texto que nos faz voltar no tempo e recordar momentos que quase estavam apenas no fundo de nós, mas que vêm à tona de vez em quando.
Deixo o meu beijinho com carinho
Sonhadora
Boa noite minha loirinha linda!
ResponderExcluirSeu carisma me faz mais amada por vc,fico assim;toda molinha,kkkkkkk
Olha a pergunta que tú me deixas lá no meu cantinho,devia ser um Meme,kkkkkkkkkkk
"E Severinha, uma pergunta, como você faz para ter esse corpão, heim? rsrs"
Minha querida eu não tenho esse corpo,kkkkkk,tenho 1.49cm de altura(baixinha)e 50kg,para minha felicidade.Pois a única física que faço é sorrir,e muito.Talvez o segredo esteja por ai.
Deixo um beijo de boa noite!
Pois é Cissa, tem tribos que vão passando no tempo..rsrsrs e eu vou-me adaptando a algumas novas tribos mas nem sempre é fácil e não sei por quanto tempo mais vou conseguir isso!
ResponderExcluirGostei mt.
bjs
Pessoal,
ResponderExcluiragradeço os comentários e atenção.
Grande abraço!
Olá, miga Cissa!
ResponderExcluirPois, sempre estamos a nos encaixar em alguma tribo, em alguma turma que tenha algumas coisas em comum. Eu nunca consegui achar uma que suprisse aquela minha vontade de sair por aí e ir para shows, ter a turminha certa. Então, acho que, uma vez ou outra, estive fora de algumas.
Poxa, deve ter sido ótimo ser adolescente nos anos 80. Curtir o Ovo de Colombo [eeeita!] e imaginar o cara do blusão!
Escutar Smiths... Pô, ser a girl da música Some Girls Are Bigger Than Others...
Mas eu queria mesmo era ser adolescente nos anos 80 para curtir para valer os Pet Shop Boys que eu amo.
Em tua homenagem, nessa madrugada, estou a escutar The Boy With The Thorn In His Side live do álbum Rank!
Beijos
Ticyana
P.S: poema belíssimo de Yeats!
Mesmo que não nos rotulemos, pertencemos a alguma tribo. E mudamos essa inclusão, identificação, com o tempo. Até costumamos não acreditar que, um dia, fizemos parte de algumas delas (rss).
ResponderExcluirAmei o fragmento do poema que postou.
Bjs.
Olá Cissa!
ResponderExcluirAdorei o post, ele me transportou direto para minha adolescência... Eu também acredito que como seres sociais nós nos adaptamos ao meio onde estamos inseridos, como como somos capazes de intervir transformando-o com nossa postura... a ebulição juvenil começou em minha aos 13 anos, foi nesta época que descobri que se eu quisesse um lugar no meu meio social eu teria que brigar por ele, eu não era o cara mais popular, nem o bonitinho que se socializa fácil, foi então que percebi que a minha autoafirmação passava pela experiência da descoberta de quem eu realmente era, a única certeza que eu tinha é a de que eu pensava diferente e que queria coisas diferentes daquelas buscadas pelos outros (na verdade isso era meio que uma ilusão)... enquanto outros mudavam o visual a cada verão para se enquadrarem eu buscava algo mais consistente, eu valorizava as ideias... acabei me aproximando do movimento punk, nunca usei um visual tão carregado, mas mergulhei fundo na história na ideologia do movimento, vem desta época o meu contato com a filosofia, com a história moderna e com a arte... foi nesta época também que eu comecei a escrever, eu editava um fanzine sobre música independente e ideologia anarco-punk... ele durou até o ponto que eu percebi que eu não cabia mais no movimento, tudo aquilo que eu até então valorizava estava se tornando um amontoado de regras e limitações, foi então que decidi romper com "rótulo", mas não com a ideologia, que com passar dos anos se transformaria e ganharia outros contornos...
Oi Cissa,
ResponderExcluirTambém estou aqui me colocando em dia com você...
Esse seu texto é uma verdadeira viagem ao tempo. Na verdade, nunca fui de tribos, mas se pensar que hoje você é da tribo das máquinas, então, eu me arrisco a dizer que sou da tribo dos bloguistas. Claro, também sou sozinha a cuidar de tudo e de todos (minha mãe e meu irmão doente mental), mas ser bloguista para mim, significa uma injeção de ânimo e de bom humor em minhas veias... Taí, vou dizer que sou dessa tribo dos bloguistas, porque gostei de saber o quanto você foi feliz em tê-las.
Beijos, continuemos juntas...
Nossa! Viajei agora para a minha adolescência. Fiquei buscando na memória eventuais tribos a que tivesse pertencido e cheguei à conclusão que nunca fui efetivamente de tribos, na sua melhor concepção. Mas, por outro lado, também nunca estive sozinha.
ResponderExcluirLindo o fragmento do poema que você nos trouxe.
Beijoka.
Pessoal,
ResponderExcluiragradeço pelos comentários e atenção com meu texto.
Muito obrigada!
Beijos
Fez-me viajar no tempo... e revi-me em muito nele. Adorei o texto Cecilia!
ResponderExcluirUm beijinho, boa semana e obrigada pelo seu apoio sempre.
cvb
Cecília,
Excluirque bom que gostaste, muito obrigada!
Beijos!
Cissa
ResponderExcluirMe fez voltar a máquina do tempo.Minha primeira lembrança de adolescente,a tribo das novenas , das quermesses da igreja.
Deixei de ser beata quando mudei para a cidade grande, daí
a tribo dos que curtiam a jovem guarda, os bailes de danças de rostos colados.Nossa já estou revelando a minha idade kkkkk.
Mas ainda sou criança.
Beijos
Elisa,
Excluirque bom essas revelações! São maravilhosas!
Grande beijo!