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Fotografia de Ana Cecília Romeu |
... nunca seremos
o casal perfeito, o cartão postal,
se não formos capazes de aceitar
que somente na aritmética
o dois nasce do um mais um.
(Julio Cortázar in Bolero - tradução livre minha)
Viena, Áustria, num outono qualquer.
Recordas
de quando tentamos dançar uma valsa em Viena, na frente daquele palácio no
centro...? Teus pés sambavam de um lado a outro, parecia que usavas os sapatos
de Aladim. Algo na ponta dos teus calçados chegava às minhas canelas, ainda que
um tanto suave, mas era incômodo. Um blues desafinado, uma descoordenação em
sintonia. Sim, fui ao chão, mas me levantaste, recordas?
Estávamos
em Viena na frente daquele palácio no centro, não, nunca vou me lembrar do nome
do palácio..., mas sei que escutei a Two uf us do Supertramp, e estou te dizendo
isso agora, depois de anos. Há músicas compostas para todas as ocasiões, e essa
foi minha canção de queda, do nosso rodopio que não deu volta alguma. Nos
acordes, falsetes atrevidos; nas letras, dislexia. Algo do fim para o início interrompeu
nosso andamento e não processou senha de permissão, mas prosseguimos. (Des)valsamos
os dois, mas sempre estaremos juntos.
Two of us - Supertramp
Interpretação de Roger Hodgson, ex-integrante da banda
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Nova publicação no blog a partir de maio.
Abraço imenso a todos!