quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sobre o nada

Fotografia de Pedro Costa - Reserva ecológica do Taim - RS

Procuro a voz do sereno
Nesses versos que componho;
Não sou grande, nem pequeno:
Meu tamanho é do meu sonho!
(fragmento de Milonga de andar caminhos, de Marcelo Dávila).


   Hoje decidi escrever sobre o nada. Nada não é o algarismo 1, nem sua escala negativa, o -1. Nada é como se fosse o zero que apesar de ser um número, coisa alguma representa. Mas como tudo é relativo, um zero à esquerda é o próprio número; e à direita, outro número.
   Recordo que quando cursei a oficina de contos do escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, houve exercício literário em que precisávamos descrever um molho de chaves caindo de uma mesa e deveríamos usar o máximo de palavras para essa única cena que, em tempo real, não dura mais que alguns segundos. Maravilhoso exercício de forma, tecer letras em urdidura de um quase-nada que me rendeu em torno de duas laudas de... quase-nada.
   Por falar em quase-nada, fiquei pensando em quantas amizades de anos e votos de amores eternos terminam por quase-nada. Porque um disse tudo sobre nada; e o outro disse nada sobre tudo, gerando desproporções de algarismos sensoriais para além do número zero, ao criar vácuos de linguagem e abismos sem passagem. Prenúncio de fim até a fossilização do sentimento que talvez seja redescoberto na escavação arqueológica do próximo relacionamento, e dimensionado com cuidado em carbono-14 para não haver repetições dos ‘quase’ definitivos.


Fotografia de Pedro Costa - Reserva ecológica do Taim - RS
   
   O nada também pode ser um silêncio, a ausência de palavras, a ausência de carinho, a ausência em si. É quando deixamos de ser plenos porque sentimos falta, e o que sobra não sustenta a existência. As reticências mudas abrem inúmeras interpretações: não existe palavra mais cruel do que a que não é dita. Não existe maior tortura do que um carinho esperado que não chega.
   O nada pode ser a falta de ousadia, de projetos, de objetivos. Se não damos um passo à frente, ou mesmo um passo atrás para dar dois à frente, estamos estagnados. É quando assistimos a nossa vida sem perceber que todos os capítulos são iguais: o roteiro é o mesmo da novela anterior, repleto de clichês e bordões.
   O verdadeiro preencher do ser talvez esteja numa pequena soma aqui e ali de realizações quase imperceptíveis, quando tomamos a decisão de sermos mais que nada, de fazer valer os números do dia: minutos, segundos. Ainda que partamos sempre da mesma hora zero, nossa vida valerá mais que nada sem despender de calculadora científica para essa grande matemática-desafio que é a própria existência.
   Somos do tamanho dos nossos sonhos, e isso é mais do que nada: é tudo que podemos.

Crônica também publicada nos jornais: 
NH (Novo Hamburgo)
Diário de Cachoeirinha/Sinos
Correio de Gravataí/Sinos

Jorge Drexler - Todo se transforma

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   Não irei anunciar pausa, porque cheguei a conclusão de que a vida é assim mesmo: uma sucessão de coisas imprevisíveis. As pausas imaginadas com duração de meses, podem se transformar em dias; o adeus, apenas um breve tchau, para na manhã seguinte se compartilhar o café. Então deixo a todos, como diz meu amigo Felisberto Júnior: bom dia, boa tarde, boa noite! Pelas dúvidas, mas, principalmente, pelas certezas! 

Em Punta Ballena, Uruguay

39 comentários:

  1. Um agradecimento especial ao Pedro Costa, fotógrafo oficial desta casa virtual, pelas belíssimas fotos as quais nem precisei editar.
    Beijos!

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  2. Agradeço a todos pela leitura.
    Um abraço imenso, aquele do tamanho do mundo!

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  3. Tanto coube nessa avaliação e crônica do NADA! Lindo, como sempre, te ler! beijos,lindas fotos, tudo de bom, e um feriadão legal! chica

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  4. Imensas possibilidades de refletir esse nada.
    Lindíssimo texto. Fotos igualmente belas!
    Até! Bj

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  5. Olá!Boa noite
    Cissa...
    Bela crônica, Excelente reflexão e bela escolhas de fotos do Pedro Costa.
    Confesso que, quando vi o título, pensei q vc iria discorrer sobre Big Bang ou Kant, hehehe
    ... o mundo usa dos mais diversos recursos para oferecer a ilusão de força e domínio e temos uma forte e sugestiva mensagem de que o ser humano é bem menos do é... um nada em relação ao todo,que faz parte de tudo.
    Então penso na rede interminável de sentimentos, querências e batalhas que nos compõem, que fazem de nós seres humanos. Em tudo o que estamos envolvidos, em todas as pessoas que fazem parte da nossa história, em todas as esperanças que regamos no jardim, na louca vontade de amar incondicionalmente, na tentativa de unirmos cada parte com cada gesto de gentileza e o contínuo renascer em cada manhã, e assim nos acolhemos em esperado : isto é o que somos!
    E mesmo assim, muitos dizem que somos isto ou aquilo, e podemos ser nada ou tudo , pois não importa. Na verdade, esquecemos quem fomos e lembramos agora quem realmente somos. Somos um tempo sem tempo, espaço sem espaço, somos eternidade que é a nossa toda realidade...
    Não somos nada...nada especial... somente somos tudo que podemos!
    ...
    Agradeço a citação do meu nome, hehehe!
    Pelo carinho
    Belos dias
    Beijos

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  6. discorrer sobre o nada é querer situar o QUASE tudo ou não fossem os interstícios entre o vazio e o pleno a preencher o que fixamos entre esses infinitos plurais do que é ser: aqui e ali, com este e sem aquele, gritando ou calando... de todas as formas, sempre combinações não esgotáveis de vida.

    beijo, aninha!

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  7. Olá Cissa,

    O 'Nada' lhe rendeu uma filosófica e preciosa crônica. Quão flexível e representativo pode ser um NADA ou QUASE-NADA!
    Muito interessante as suas colocações e deixam margem para boas reflexões. Adorei!
    Parabéns pela bela crônica!
    Lindas as fotos.

    Estive aqui ontem, mas saí em seguida pois não conseguia me concentrar na leitura. É que estava lá na sua página do face quando entrou uma amiga dizendo do falecimento do marido da Marly. Fiquei tão chocada que resolvi desligar o computador e ir dormir. É que gosto demais da Marly. Praticamente começamos juntas na blogosfera. Continuo dispersa, por isto estou mais sucinta hoje. Como você diz, 'a vida é uma sucessão de coisas imprevisíveis'.

    Então, bom dia, boa tarde, boa noite!

    Feliz final de semana.

    Beijo.

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    1. Verinha,
      fiquei assim também em relação a perda da Marly... Por vezes, interagimos uns com os outros, e mesmo sabendo que há pessoas atrás dos avatares, quando acontecem coisas 'reais' parece que nos damos conta de mais coisas, inclusive as que não queríamos: que a vida é breve.
      Grande beijo, e agradeço o carinho e sensibilidade de sempre!

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  8. Minha linda Cissa,
    quanto nada em reflexão!
    Mas, como foi feliz em suas colocações!!!
    Quantas coisas perdemos por quase-nada...
    E no final para nada ou para tudo!

    bjoks

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  9. Ana,

    esse tema é instigante. Poderíamos falar sobre ele horas e horas a fio e ainda seria um início de abordagem.
    Um nada pode ser tudo muitas vezes, quando aguardamos uma palavra que não veio. E o silêncio então é que responde, com suas infinitudes - para o bem ou para o mal.

    Belíssimo texto!
    Beijo, querida!

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  10. Nossa, Cissa, a partir do nada, sem significado, construiu uma belíssima crônica, envolvendo vazios, sentimentos, consequências. As imagens são lindas e sua foto, amei.
    Ontem não consegui ler, diante do falecimento do marido da Marly, de quem muito gosto. Penso que o "nada" entrou na vida dela, nesse momento, onde tudo perde a importância.
    Grande beijo!

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    1. Marilene,
      como disse para a Verinha, tua irmã,ainda estou meio tonta com o que aconteceu com a Marly... e nos deparamos com uma situação real dentro do virtual, é quando nos damos conta de uma série de coisas, como se caísse uma ficha à força: que a vida é breve.
      Beijos!

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  11. Querida Flor,

    estou encantada! Estava precisando desse texto como uma planta precisa de água. Penso que você nunca foi tão maravilhosa.

    A cada dia você me surpreende. Beijos mil :)))

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  12. O nada pode estar mais perto do que pensamos, como você diz, pode ser tantas coisas que deixamos pelo caminho ou mesmo não começamos a buscar. Parabéns

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  13. Cissa!
    A luz somente não alcança as profundezas do oceano, os fundos das cavernas, mas lá também habitam seres. De alguma forma, se protegem na escuridão. Não conheço esses lugares, mas sei que eles existem. Assim como também não conheço o nada, mas o assunto foi objeto de estudo pela ciência e pela filosofia. Nada se perde, tudo se transforma.
    É difícil entender essas coisas. Da mesma forma é difícil aceitar o não afeto, o não amor. É como passar pela beleza da reserva ecológica do Taim e não vê-la. Não senti-la, cheia de vida, cheia de cores.
    Posso dizer, dessa forma, amiga Cissa, que entre “ser e não ser”, estamos do lado do “ser”, porque vemos e sentimos a vida no mundo. Com certeza igual você disse: “Somos do tamanho dos nossos sonhos”...
    Grande abraço, Cissa! Felicidades para você e seus familiares.

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  14. MINHA MENINA LINDA !
    Sempre tive essa visão, difícil de se explicar, de que o NADA não existe, muito boa explicação!
    A matéria, tal como o pensamento e a energia, são "alguma coisa", logo, nada pode ser definido com NADA.
    Pois é, para existir alguma coisa, para termos o Um em oposição ao Zero, é preciso que o nada não exista, e nunca tenha existido, e jamais vá existir. O Um é eterno!
    Bjs minha linda !
    cada dia mais linda !

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  15. Oi Cissa!
    Menina, é isso aí mesmo! Tudo é nada, e no momento seguinte não existirá mais! Como disse um pastor numa palestra: A tampa do ralo do banheiro é uma coisa visível do nada. Antes do ralo, e depois do ralo! Antes do ralo a agua é presente, depois do ralo é passado, não a vemos mais. Ela existe, mas pra gente; passou!
    Olha essa música do Ramones, só que aqui cantada lentinha, vc vai gostar:

    http://www.youtube.com/watch?v=NOhcHAqt3nk

    Ela é simples, simples, simples... Mas diz a maior verdade de todos os tempos! A vida é um gás...

    Um abraço minha amiga, e veja se aparece especificamente nessa postagem que vai ao ar hoje, lá no meu blog, que é muito importante pra mim!


    Um beijão a todos aí!

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  16. Cissa, mais que querida amiga
    Li-te duma assentada, quase sem respirar.
    Tens esse dom - escreves duma forma que dá gosto ler!
    Até quando falas de... nada :)
    Fizeste me lembrar um post que publiquei em 27/07/2008 -
    "Falar só por falar ou deitar conversa fora"
    em que uma comentadora escreveu:
    "Não te apetece escrever e nunca mais acabas...Está com piada."
    De facto, acabou por ser um post bastante grande.

    Em relação a esta excelente crónica há tantos aspectos com os quais estou 100% de acordo!
    "Quantas amizades de anos e amores eternos terminam por um quase nada" - Tão verdadeiro, isto.
    Muitas vezes as pessoas começam uma briga por uma ninharia, acabam zangadas a sério, e, se forem ver, a maioria das vezes nem sabem porquê começaram a discutir.

    Minha amiga, não há NADA que eu possa acrescentar que vá dizer-te o quanto prezo a nossa amizade, e que espero que NADA a ponha em causa e a faça terminar :)

    Óptimo fim de semana
    Beijinhos
    Link para o meu blog principal
    Mariazita

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  17. Adoro o zero e o nada. Apesar de aparentemente significar ausência, eles possuem tantos significados, que acho impossível falar que o nada é nada. Muitas interpretações, como você colocou. Mas, independentemente delas, ser nada na vida, para mim, é a incapacidade de viver.
    Grande abraço

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  18. Querida Cissa

    A princípio o nada representa nada mesmo, nenhum, uma ausência obscura, um oco e você o fez explodir como o "boom" do Cosmos em que o nada se transforma em mil partículas de nada, tudo e nada. Um quase nada que se pode também exprimir tudo em um haicai?

    Mais uma das lindas crônicas que já li e reli.
    Dias luminosos para você.
    Bjs.

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  19. Que incrívell Cissa!
    Você disse tudo minha querida e me fez refletir muito sobre o tudo e o nada.
    Amei.
    Um abraço carinhoso.

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  20. Oi Cissa
    Que linda reflexão! Nunca tinha parado para pensar sobre isso, mas concordo contigo, no final das contas, somos do tamanho de nossos sonhos.
    Ainda bem que vc não se despediu, espero que vc esteja embora às vezes, nos presenteando com textos como esse.
    Bjos. queridona!

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  21. Minha querida

    Há nadas muito cheios de tudo e há tudo sem nada...Complicado como a vida.
    Adorei esta reflexão cheia de tudo.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  22. Olá, Ana.
    Belo texto; partindo do pressuposto de que, quando nascemos, nada somos senão uma miríade de possibilidades, passamos a vida toda tentando completar aquela parte de nossa alma que, irrevogável e conceitualmente, jamais será completada.
    Creio que um dos segredos da felicidade é sabermos dosar o quanto aprendemos com o quanto sabemos que não sabemos, ou seja, sabermos que a ignorância é algo comum a todos nós (ainda que muitos façam de tudo para desmenti-la, o que é pura perda de tempo) e temos de aceitar isso.
    E se pensarmos que grande parte da matéria nada mais é do que apenas espaço vazio, nos damos de conta que o vazio está em mais lugares do que podemos sequer imaginar, e tentar preenchê-lo totalmente é impossível e até mesmo indesejável já que, se fizermos isso, não teremos mais para onde ir.
    Abraço, Ana.

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  23. Eu sempre me questionei sobre o nada... a principal ideia que me vem é que o que é o nada? Uma tela branc? Não... uma tela branca é uma tela branca... um ponto negro?... não, um ponto negro é um ponto negro... então, e enfim, o nada não existe! É a conclusão que cheguei... rssss

    Bel texto que nos faz refletir sobre o tudo que é a vida!

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  24. Olá amiga Císsa.

    Que bom que estás de volta, mesmo que tenhas idas e vindas imprevistas. Mas sabes, isso é viver. Temos momentos assim na vida e cada ser faz o luto à sua maneira. Uns isolam-se e não querem ver ninguém, outros querem estar com pessoas, porque precisam de companhia para voltarem a reerguer-se.
    Muito bela a tua crónica, minha amiga. Para quem começou por tentar dizer quase nada, disse muito. Quase tudo. Quando se atinge o quase tudo, logo depois temos o tudo e a seguir o nada. Quem tudo quer, tudo perde.

    O Freddie está a entrar na adolescência, muito crescido, grande, carinhoso e lindo. Um dia destes, faço um novo post sobre ele.
    Ele manda beijinhos para ti e para os amiguinhos, Quindim e Caty os gatos mais gatos do Brasil.

    Beijos querida, saudades

    Cris Henriques

    http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com

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  25. ola vim ate aqui por acaso e deparo com uma leitura
    meramente superintendente bom fim de semana continuação

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  26. Cissinha, tudo bom?

    Demorei, mas cheguei. Antes tarde do que muito tarde, né? :)

    É uma coisa doida fazer uma reflexão sobre o nada. Lembro de um dos livros de Carl Sagan dizendo que o universo é composto por um grande...nada.A existência é uma exceção. Entre muitos astrofísicos circula uma teoria de que há vários universos e estes talvez tenham surgido nos "Big Bangs" no meio do...nada. Não deixa de ser interessante e ao mesmo intrigante que os hindus tenham criado o número zero para que pudesse ser demonstrado a ideia de "nada" ou "vazio" - há quem diga que o conceito de zero é comum para outras civilizações do passado, mas parece que foram os hindus os primeiros a utilizarem como base matemática.

    Porém, como seres humanos fazemos parte da existência/realidade, não existe, em tese, um nada. Se estamos aqui é porque fomos criados a partir de alguma coisa - no caso, células reprodutoras. E mais ainda, além da biologia: fomos criados a partir de amor. ( embora Schopenhauer discorde um pouco deste ponto - o amor seria apenas um "impulso de vida")

    Assim, quando uma pessoa diz "Fulano não faz nada" eu pergunto "Não faz nada em relação ao que?" A escola ensina muito além das disciplinas: nos conselhos de classe eu ouvia professores de outras matérias se queixando de alunos "que não faziam nada". Curioso, pois na minha turma alguns daqueles "que não faziam nada" tinham um desempenho ativo durante as aulas. Interessante como o processo de afeto na sala de aula é motivador para muitos alunos - e quando eu digo afeto é algo muito além de "carinhoso" e outros termos parecidos: estou falando de perceber o ser humano que está ali; um ser humano que provavelmente passou a vida até ali ouvindo coisas do tipo "você não faz NADA que preste" ou "você nunca vai ser NADA na vida". É muito "nada" na vida desta pessoa que ele só precisa perceber (e ser ajudado) que ele não é um nada - muito pelo contrário.

    Reflexões além do nada são instigantes porque começamos a perceber que o nada, dentro de nossa esfera, não existe. É muito curioso e, de certa forma, assustador. E, sem dúvida, confuso. A não ser que se pense no niilismo, mas por isso mesmo prefiro adotar a concepção de Albert Camus: "o niilista não é quem não acredita em nada, mas quem não acredita naquilo que é".

    Beijo, minha querida! Adorei a sua crônica!

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  27. ola boa tarde fala da primeira musica? vou deixar aqui beijos
    enya-laste_time by mmonli

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    1. Anita, boa tarde! Achei a música, é Angel, de Sarah Mclachlan.
      Obrigada!

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  28. Olá querida Cissa!
    Muito obrigada por sua doce visita.
    Voltarei em breve postar novos textos e poesias e visitar cada um de vocês, grande beijo em seu coração.

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  29. BOA NOITE MINHA LINDA MENINA !
    VENHO FALAR DA SAUDADE QUE ESTOU SENTINDO,SABES QUE FAZES FALTA,QUANDO SE RETIRA.
    BJS DE SAUDADES !

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  30. Um Niilismo que tudo consigna...
    Excelente momento de reflexão!
    Parabéns, Cecília!
    Beijinho

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  31. É uma crônica que traz uma abordagem que seria difícil para muitos discorrer sobre, não para uma pessoa que tem o fino trato com as palavras como você. Excelente Cissa.

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  32. Que o nada em nós, se preencha com a luz divina. Por certo, o nada transformar-se-á em tudo.

    Um prazer lê-la.
    beijinho
    cecilia

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  33. Minha querida

    Passando para agradecer as palavras carinhosas que sempre me deixas.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  34. Ana, a ausência também faz parte... não há como querer preencher o tempo todo. Por vezes precisamos nos esvaziar até chegarmos ao nada mesmo... adorei o texto!!!

    :*

    JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...

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  35. Cecília, para mim o nada é o começo.
    Amei o seu texto.
    Beijos!!!!

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