quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Enredados sociais

Fotografia de Ana Cecília Romeu

   Pessoal, no próximo post retorno com as Histórias do Condomínio. Neste, fiquem com uma crônica de minha autoria. Abração a todos!

   O filósofo e educador Marshall Mcluhan criou o conceito de ‘aldeia global’, onde o mundo estaria sujeito a se transformar em espécie de aldeia pelos efeitos da revolução tecnológica: computador, telecomunicações. O planeta passaria a ser integrado via satélite, o que estreitaria as relações políticas, econômicas e sociais.
   Partindo deste princípio, pensei na aldeia global sob a ótica de nossa vida, como grãos de areia dessa enorme praia, uma microunidade ligada a outro grão e outro, o que nos torna efetivamente índios que participam de única aldeia ou praia do tamanho do planeta terra.
   A partir da televisão, e com mais vigor após o advento da internet, celular, redes sociais, é impossível pensar-se como ser único e isolado. Revendo o ‘Oráculo de Bacon’, jogo na web onde o objetivo é começar com qualquer ator ou atriz e depois colocar o filme em que atuou até fazer o menor número possível de ligações ao ator Kevin Bacon, tive certeza disso. Exemplo do site Oracle of Bacon: Mary Pickford que trabalhou em ‘Coquette’ (1929) com Louise Beavers que fez ‘... young caniballs’ (1960), onde trabalhou com Robert Wagner que fez ‘wild things’ (1968), com Kevin Bacon.
   Penso nesse oráculo, apesar de um jogo, como uma espécie de materialização desse conceito de aldeia global, agora visto pelo aspecto pessoal, mas os efeitos da tecnologia e de um simples ‘clic’ nos podem colocar conectados com qualquer índio de outra aldeia, até mesmo os que vestem o porte de cacique ou celebridades Bacon.
   Suponho até que seria possível concluir o oráculo e ter meu nome ligado ao Kevin Bacon. No que intuo que poderia também estar ligada ao Kevin arquiteto, ao Kevin escritor de um país que nem domino o idioma, ou até mesmo ao Kevin pescador de outro continente, quando sequer sei ou gosto de pescar. Mas algum ponto de nosso mundo pessoal e/ou profissional nos liga a todos os outros índios, sejam Kevins, Bacons ou até ao próprio Kevin Bacon.
   A reflexão sob esse ponto de vista poderia ser produtiva no momento em que o ser humano, percebendo essa ligação natural e que os meios tecnológicos estreitaram, se tornassem um parte do outro no respeito mútuo. Afinal, se somos grãos da mesma praia, mesmo colocados em extremos, ainda somos grãos da mesma praia.

Crônica publicada nos jornais: O Dia (Rio de Janeiro), 
NH (Novo Hamburgo), Diário Popular (Pelotas), 
A Platéia (Sant'Ana do Livramento), 
Diário de Viamão e Correio de Gravataí.

47 comentários:

  1. Ou seja, a tecnologia está fazendo os grãos de areia perceberem que são todos da mesma praia. Pena que muitas vezes os grãos que sempre estiveram mais próximos percam atenção no processo.
    Mas enfim, não importa a distância, os cantos diferentes, as diferentes formas de ver o mundo. Moramos todos nele. No mesmo mundo.
    Gostei muito do seu ponto de vista expresso na crônica.
    Abraços.

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  2. Boa tarde, Ana.
    Excelente texto, parabéns.
    Não sei quem foi que falou que a internet junta quem está longe e separa quem está perto; de que adianta conversar com alguém que está do outro lado do mundo se esta mesma pessoa nem cumprimenta o seu vizinho?
    Já ouvi falar da teoria dos Seis Graus de Separação, que é bem interessante, mostrando o que todo mundo sabe mas não se dá conta, que, de um ponto de vista holístico, estamos todos interligados, só não nos damos de conta disso.
    Abraço, Ana.

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  3. Oi Cissa....!! Que bom estar aqui, lhe visitando... Pensei que era tema do "condomínio" (estava com saudades dele...hehe), mas me deparei com um contexto filosófico. Bom também. Aliás, uma ponderação atribuída a um fato real e atual, bastante pertinente aos usuários de toda essa engrenagem tecnológica, presente na mídia, na internet e nos demais meios de comunicação modernos. Sim, há de convir que essa facilidade de comunicação, nos une mais, nos presenteia com uma igualdade ímpar, como seres humanos que somos, seja lá de que canto do mundo estivermos. Contudo, concordo com o nosso amigo Jacques, quando diz: "... de que adianta conversar com alguém que está do outro lado do mundo se esta mesma pessoa nem cumprimenta o seu vizinho?". Excelente colocação a dele. Ao que parece o novo se destacou na curiosidade dos usuários... Chegaram a dar mais ênfase aos distantes, do que aos que estão próximos. Ainda assim, aposto todas as minhas fichas, no grande benefício que essa facilidade, nas diversas opções de comunicação, que temos, veio para melhorar as nossas vidas e conceitos. Acredito que a maturidade possui um peso exemplar no desfrute dessa abrangência na comunicação. E ela chega devagar ou não às pessoas. Agora, poderá possuir um efeito negativo para as pessoas que não são providas de boa índole. Aí, já não é caso de maturidade e sim de caráter, podendo acarretar em grandes malefícios. Seria o outro lado da moeda. Mas fico com o poder do bem sobre o mal, neste contexto tão bem abordado por você. Beijos grandes a você e a sua "mami", D.ª Aída (imitando você, rs, sendo que com o mesmo da afeição).

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  4. Oii Cecilia, muito interessante sua cronica, não conheço o jogo que mencionou, mas entendi sobre os grãos de areia de um imensa praia onde todos formam uma enorme aldeia interligada pela tecnologia de hj! Existe um estudo não me lembro agora o nome que diz que todos nós graças a Internet estamos ligados a pessoas do mundo inteiro através de no máximo 6 pessoas, acho que é um pouco como vc disse, posso estar ligada a uma chines de uma vila que eu nunca ouvi falar com no máximo 6 pessoas entre nós! Adorei! Parabéns, ótima cronica! Bjos

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  5. Fala Cissinha, como estais? Acho que esse conceito começou a se delinear com o advento do telefone, pois começou a encurtar as distâncias, mas mesmo com todo esse frenesi tecnológico de hoje, vejo um paradoxo tremendo, ao mesmo tempo que estamos conectados com o mundo em um clique, vejo as pessoas muito distantes uma das outras, pois o ritmo de vida atualmente afasta as pessoas e as torna individualistas, onde a prioridade é o trabalho e tudo aquilo que o faz crescer profissional e economicamente. Parabéns pelo texto, atualíssimo.


    Abração pra ti.

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  6. Olá!Boa noite!
    Cissa!
    Concordo com sua bela crônica!Clara, concisa e objetiva!
    penso que, como qualquer outras organizações baseadas no mesmo propósito, a Interatividade tecnológica, começando pelo conhecimento de si, passando pelo estímulo a crescer, tem como principal objetivo abrir caminhos para que as pessoas deste emaranhado tenham a oportunidade de fazer com que o pensamento coletivo se torne uma realidade..,ou, como você disse, somos grãos de uma mesma praia, mesmo distantes uns do outro...pena que ainda estamos vivemos em um mundo moderno que banaliza qualquer tipo de mudança e tudo que já foi tradicional como o amor, a educação, a gentileza, estão inseridas num aspecto muito egoística e individualista, sem muita preocupação com a retribuição e respeito uns com os outros...
    Sim...comments seu está perfeito.Obrigado!De coração!
    Boa sexta feira feira!
    Beijos

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  7. Entendi seu raciocínio e concordo que estamos nos fechando e nos ligando cada vez mais devido as tecnologias do mundo. Só que mais profundo ainda que esse pensamento é o pensamento de um cara chamado James Lovelock que se chma "hipotese de gaya", dá uma googlezada depois e veja que legal!

    Um beijão a todos aí Cissa, fiquem com Deus!

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  8. a internet realmente aproximou tanto quanto na realidade. estamos todos no mesmo barco sem perceber, pois que divididos em "tribos" e mesmo entre tribos a comunicação é superficial e insípida. Até no face tem a turma dos cute cute, dos intelectuais entendiados, dos eternos otimistas, e por aí vai,rsrsrs. pronto, falei muito, mas adorei te ler, beijos :)

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  9. Cissinha,

    é mais ou menos esse o conceito dos hiperlinks, tão citado por Pierre Lévy: os conteúdos, cada vez mais digitais, praticamente conectam cinema, música, jornalismo e mesmo a literatura em blogues - está lá em seu livro "Tecnologias da inteligência". É a "convergência" da qual muitos ainda se surpreendem como é possível ter algo em comum com A ou B ( famoso ou não), mas como o próprio Mac Luhan definiu, o "meio é a mensagem"; estando nós inseridos neste meio, receberemos mensagens, obviamente - e não sabemos como elas chegaram ou chegarão até nós. Basta "estar no meio" e estaremos conectados com índios, Kevin Bacon, Francis Bacon, pedindo uma pizza de bacon, etc. rs

    O que é interessante nisso tudo: todo esse sistema é conectado e forma uma "inteligência coletiva", embora ainda não estejamos todos conectados - falo da população mundial, desde os recônditos da África, Sudeste Asiático ou em florestas como a amazônica, talvez por isso a teoria dos 6 graus de separação tenha a sua "falha". Mas...pensando bem, do ponto de vista evolutivo, temos um ancestral comum; o que estamos fazendo, na verdade, é uma reunião de família - ainda que virtual :)

    Ótima crônica, Cissinha. Olha, dá para passar hoooooras aqui discutindo outras reflexões que o seu texto suscita - ou procurando outras representações que podemos chamar hoje de links.

    Beijinhos e parabéns!

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  10. Amiga Cissizinha,
    Realmente a tecnologia de comunicação, sobretudo o telefone e a internet, pela sua capacidade de interação independente da distância, transformou o mundo em uma enorme comunidade. Se, por um lado, ela aproxima os extremos (como nós, agora: eu, no extremo Norte e tu, no extremo Sul); por outro, distancia um pouco os próximos, no entanto, nada engendrado pelo homem é cento por cento de vantagem. Um exemplo prático para corroborar com teu argumento é que, neste instante, eu, em Manaus, Norte, estava me comunicando com minha irmã, em São Paulo, Sudeste.
    Não é à toa que esta crônica espetacular foi publicada em seis jornais, de diferentes cidades e até de estados, pois é muito bem elucubrada, arguida e sábia.

    Abraços do amigo!

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  11. Linda crônica, lindo tema. As comunicações aproximaram, a internet nos leva longe, falamos, vemos, tudo. Somos grãos da mesma areia da praia, mas acho que o respeito por cada grãozinho ainda está faltando muito...

    beijos,tudo de bom,chica

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  12. Oi Cisssa....Primeiro parabens pela cronica e pelas suas publicacoes!

    Eu acho que o ser humano tem a necessidade de pertencer a um grupo.
    E de alguma maneira ou de outra a intenet propicia isso.
    Realmente existe toda essa aproximacao que a tecnologia propicia.
    Mas se por um lado ela aproxima, concordo que de outro ela afasta.
    Afasta do convivio tete a tete, do conviivio humano e de relacoes reais e
    comprometidas.
    Muito inteligente o paradoxo que vc fez.
    Estamos realmente todos conectados.
    Existe sim um outro tipo de conexao... a conexao sutil...aquela do invisivel, aquela
    que nem todos estao prontos para percebe-las.
    Somos todos UM. E querendo ou nao estamos interligados real e virtualmente, mesmo involutariamente.
    Um bjinho...

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  13. Muito bem elaborado o texto, tbm não conheço o jogo mas creio ser isso mesmo, no final estamos todos interligados

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  14. Bahhhhhhh... excelente reflexão! Lembrei dos primeiros tempos de faculdade de comunicação onde, nos idos final dos anos 80 a gente estranhava esse conceito de aldeia global de Mcluhan (esse, sim, um verdadeiro profeta... muito maior que Nostradamus... rssss).

    E não é que o homem tava certo: interligados pela comunicação direta e contínua, pertencemos todos a uma mesma aldeia, chamada Terra.
    Adorei! Até porque o tema me fascina....

    De Kevin Bacon só posso dizer uma coisa: uauuuuuuuuuu... 'doro ele!

    E o jogo é ótimo para elucidar o que escreveste... e o pior... ou melhor (claro!), muito real! hehehehehehehe

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  15. Ei Cissa, sim, essa ligação natural podia desencadear o respeito mútuo, isso seria muito bom. Porém, assim como na vida real, a vida nessas ligações tecnológicas é complexa: existem os preconceitos, egoísmo, ofensas, entre outros. Um assunto que é muito debatido é essa conexão: será que realmente ficamos mais sociáveis quando na verdade estamos sós na frente do computador? A tecnologia permitiu que fôssemos grãos da mesma praia, mas não fez com que criássemos barreiras isolando os demais grão? É só uma reflexão =D
    Gostei do seu ponto de vista, e não conhecia o jogo, e faz todo sentido como foi colocado aqui.
    Grande abraço

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  16. Cissa, toda essa evolução tecnológica que estamos vivendo hoje, principalmente depois do advento da Internet é muito assustadora às vezes. Digo isto pela velocidade com que as coisas passam a existir e logo se tornam obsoletas. Aproximou muito as pessoas, mas não sei se isso trouxe algum progresso para as relações humanas no aspecto afetivo quero dizer. Houve uma aproximação das pessoas distantes e uma certa separação das que estão próximas. Ainda assim, é fantástico, tudo isso. Na realidade as relações humanas são complexas mesmo e, aí, não há nenhuma culpa da evolução tecnológica que vivemos. Existem muitas coisas positivas e tantas outras negativas. Porém, creio que a humanidade tende a ganhar muito mais ainda com o que está por vir. Um beijo no seu coração. Um beijo no seu coração.

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  17. Complexo. Essas conexões a base de clicks são muito fácies de se fazer é também muito mais fácies de se quebrarem...

    Gostei do texto e da foto! =D

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  18. Olá amiga Cissa!

    Tudo bem?

    Adorei a tua crónica e sabes uma coisa?

    Está excelente! Parabéns!

    Acredito que nós estamos todos ligados, não só à distância de um "Clique". A internet, veio aproximar as pessoas umas das outras "encurtando" distâncias. Actualmente até se namora online.

    Porém, na minha óptica não só a internet que nos conecta uns aos outros, mas também as vidas passadas e o karma. Todos que passam pela nossa vida, foi previamente escolhido por nós antes de reencarnarmos. É por isso que se chama destino! :)

    Obrigada por comentares a minha reflexão, esta está dividida em mais 2 textos. Vou postar o segundo.

    Como poderemos conversar directamente?

    Um beijinho,

    Cris Henriques

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  19. Olá Cissa,
    Essa rede, que certamente é uma das consequências do fenômeno da globalização, é de fato muito especial para aqueles que tem bons propósitos, como conhecer novas culturas, aprender sobre novos assuntos, conhecer pessoas que possuem algum tipo de afinidade, divulgação de projetos sociais e educacionais, etc. E graças ao avanço da tecnologia, em especial da massificação da internet e seus "agregados", tudo isso hoje é possível. E sabe, sempre fico comparando: pense que antigamente uma viagem de caravela da Europa para o Brasil levava vários longos meses, ou seja, seria o tempo que uma correspondência demoraria caso uma família européia procurasse notícias de familiares no Brasil. Hoje, com um clique você faz isso em segundos, com isso o mundo ficou bem mais produtivo.

    Por outro lado essa mesma rede pode ser nociva, quando quem está do outro lado não tem "objetivos nobres", como no caso da pedofilia por exemplo.

    Por isso nosso papel como pequenos e singelos grãos de areia nessa praia é importantíssimo, pois hoje nós somos de fato agentes formadores de opinião e por isso responsáveis diretos pelo futuro dessa rede tão essencial em nossas vidas e na vida das gerações seguintes.

    Muito bom Cissa! Adorei.

    Abraços, Flávio.
    --> Blog Telinha Crítica <--

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  20. Oieee linda mulher da tecnologia! rsss

    Cissa do Céu, que tema mais atual você abordou em sua crõnica! Só podia vir de você, uma mulher antenada com o seu tempo!!

    Descobri recentemente que sou muito mais ignorante do que eu imaginava ou já soubesse, ( risos)observando a minha neta Rafaella, de apenas OITO anos, teclando no meu computador, com as amigas da escola dela, todassssss com facebook!! Acho que as crianças dessa época, já nascem conectadas, e com pelo menos, uns 20 amiguinhos no facebook!!!

    Sei não, amiga, mas penso que o filósofo Marshall Macluhan, se estivesse vivo, provavelmente já modificaria o conceito de "aldeia global", para "Era digital"!!
    Sem dúvida, a internet é de uma revolução de tal magnitude, que penso que essa geração já seja a Homo digitalis, e a minha geração Homo sapiens,será extinta daqui a alguns anos.

    A geração anterior manuseava livros e enciclopédias pra suas pesquisas, hoje em dia, Google, a Wikipédia. Antes fazíamos leituras lineares, em ambientes tranquilos, página a página, que propiciava reflexões, hoje o fazemos através de uma leitura superficial por hiperlinks. Eu, que ainda uso o e-mail, o certo seria "correio eletrônico", já estou ultrapassada, porque o lance é a comunicação em tempo real, através desses dispositivos de conexão contínua com a internet e pronto, já se conecta com as pessoas iniciando uma conversa instantânea.

    Tudo isso é assustador sob o ponto de vista estarmos, milhões de mentes conectadas entre si, focados, numa rede, "a praia e seus grãos de areia" a microunidade citada em sua crônica, como estou exatamente nessa hora em que digito esse comentário em seu blog.

    Mas, nem tudo pro meu lado está assim, de todo ultrapassado, porque a Rafaella, já contou pra colegas de classe, que "a vovó Lu, tem um Blog onde escreve um montão de coisas, e quem desejar acessar , ela passa o link!!!!" Rsss

    Que delícia comentar aqui no teu HumorEm Conto, minha querida, é como se eu estivesse conversando pessoalmente com você, creia! Bom demais!

    Lindo final de semana pra todos nós!

    Beijos e abraços, Cissinhaaaa!!


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  21. Olá Cissa,

    Muito interessante a sua filosófica crônica.
    Não conheço a jogo a que você se refere. Entendo que, embora notória as vantagens resultantes dos avanços tecnológicos, onde não existe fronteiras, as desvantagens também são gritantes. Muitas pessoas tornam-se mais distantes e introspectivas. Acredito, sim, que todos somos grãos da mesma praia, independente da geografia e que, indiferente desta, estamos todos interligados.

    Beijão.

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  22. Cissa, tudo bem querida?

    Em primeiro lugar, parabéns pela sua crônica, a propósito, publicada ela em vários veículos da mídia impressa, parabéns e continue assim, fazendo sucesso!

    A minha análise quanto ao tema em questão, se há uma "aldeia global" conforme cunhou o filósofo, digo que de fato vivemos ao mesmo tempo próximos do ponto de vista econômico e social, mas gostaria de chamar a atenção para o revés dessa história que é o advento da internet, por exemplo, que faz com que muitas pessoas priorizem suas "vidas virtuais", deixando para segundo plano o real, ou seja, evitar sair de casa para ficar conectado. Enfim, cabe a cada um de nós saber dosar esses mecanismos que podem ser sadios ou prejudiciais conosco.

    Grande cronista!

    Envio um beijo diretamente para você aí no sul e ótimos dias!

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  23. Um belo sábado pra ti minha amiga,,,paz e poesias sempre...beijos e flores...

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  24. Ana

    A crónica, que reli, considero-a uma óptima opção. ficou um gostinho a quero maas.
    Beijos

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  25. Conhecendo seu espaço e
    ainda percorrendo para depois
    comentar.
    Bjins entre sonhos e delírios
    e esses belos versos

    "Eu vos direi "Amei para entendê-las
    Pois só quem ama pode ter ouvidos
    Capaz de ouvir e entender as estrelas.""
    (Via Láctea)
    Olavo Bilac

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  26. Hey Cissa
    O ser humano tem uma natureza bem egoísta e competitiva se com o passar dos anos e com o intenso uso da internet nos tornássemos parte de uma única praia alguns horríveis aspectos de nossa sociedade seriam erradicados. Muito boa crônica.
    Abç

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  27. Cissinha,

    Boa tarde! Essa crônica para mim é uma das suas preciosidades literárias. E ela está me inspirando para a minha crônica que publicarei amanhã. E você é um oráculo.

    Penso que existem relações nessa teia que não foram elaboradas hoje pela globalização, mas que já existiam na origem do mercantilismo,aliás, antes, pois a necessidade de comunicação já estava lá nas gravuras da pré-história.

    Gosto muito de sair da caixa e pensar na ordem não linear ou fora da linha cartesiana, talvez, por ser pisciana, ler Focoult ou, talvez, por me divertir com astrologia. risos.

    Mas a aldeia global reforça a teoria do caos e o efeito borboleta está presente no mercado financeiro. Há sequência em tudo e se o sistema é dinâmicos e complexo, podemos sim acreditar na aleatoriedade. E se você brigar com o Pedro no dia em que o pneu do carro furou e ele se atrasar para um grande reunião de negócios, acredite a instabilidade é temporal.

    Ontem li uma reportagem que falava que os cartórios estão formalizando relações onde existe poliamor, ou seja, 03 homens e uma mulher, três mulheres, etc, para garantir direitos após a morte. E aí pergunto, as antigas civilizações, os índios não eram polígamos?

    Então, caríssima, há efeitos da aldeia global no poliamor frente a poligamia que é passado. E pense que isso existe até em relações com membros fora do país.

    Há tanto no oráculo da nova ordem mundial quanto existia no histórico genético dos nossos antepassados. Então a crise americana e européia já estavam lá, frutos do mesmo grão. E viva Keynes que falou que não existe almoço grátis. E a janela conceitual é esforço para compreender que há um liame que modela nossa percepção da realidade.

    E viva a aldeia global por tudo que vivemos, inclusive aqui na blogosfera.

    Beijos.

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  28. Cissa, sua postagem me fez lembrar da época do orkut. Lembro quando apareceu uma ferramenta que mostrava as pessoas que me ligavam à outra. Tipo, eu entrava no orkut de um cidadão láááááááááááááá do outro lado do mundo, com quem eu nunca havia trocado uma palavra, mas por essa ferramenta eu percebia que havia pelo menos seis pessoas entre ele e eu. Era raro acontecer de haver alguém que não tinha essa ligação. Pesquisando sobre isso, descobri que havia uma teoria(Seis Graus de Separação) que abordava algo relacionado à isso. Achei bem interessante. Sei que ficou complicado o coment, mas espero que tenha entendido! rs

    bjks JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...

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  29. Olhando por outro lado, seremos sempre grãos de areia da mesma praia, ali colocados pelas mãos divinas. Vamos nos separando com o vento, sem perder a origem. A tecnologia nos possibilita reaproximação... ou afastamento. Nossa aldeia virtual também é assim. A união, seja dentro de um grupo ou da sociedade como um todo, depende de algo muito maior, residente dentro de cada indivíduo. Parabéns pela crônica. Tenha um lindo domingo. Bjs.

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  30. Um belo domingo e uma excelente semana pra ti minha amiga,,,paz amor e poesias sempre....beijos e flores...

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  31. Quem gosta e estuda os fenõmenos relacionados á comunicação tem esse texto um belo exemplo de mundo global,com uma realidade local.Parabéns

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  32. Quem gosta e estuda os fenõmenos relacionados á comunicação tem esse texto um belo exemplo de mundo global,com uma realidade local.Parabéns

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  33. Pessoal,
    agradeço a todos pelos excelentes comentários.
    Fiquei muito feliz com a participação de todos vocês!
    Beijos!

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  34. Sua crônica me lembrou mto do Lost. Lembra?
    Todo mundo que no fim, conhecia todo mundo, de algum jeito, por algum modo?
    E esse é nosso mundo... Mundo pequeno!
    Legal a reflexao!
    bjo
    opinandoemtudo.blogspot.com.br

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    1. Moça,
      muito obrigada!
      Adorei tua analogia com o seriado Lost! Sem dúvidas, tem tudo a ver :)
      Beijos!

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  35. Linda a sua crônica, como sempre.
    Somos um grão de areia da mesma praia.
    Com o advento da internet podemos nos conectar e conhecer tudo deste imenso universo, não importando a língua ,raça e credo.
    Ao mesmo tempo nos afastar quando se acentuam as diferenças políticas globais, com a disputa de potências. Boa reflexão.

    Beijos.

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    1. Elisa, querida!
      Obrigada pelo comentário e atenção com meu trabalho.
      Beijos!

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  36. Resumindo: todos somos iguais, mas cada qual com seu DNA.
    Bons dias pra ti!
    Beijos.

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  37. OI Cissa,

    Gosto quando voce publica seus outras textos, pois assim podemos te conhecer melhor (apesar de gostar muito da novela).
    Trabalho com tecnologia, a meu dia gira em torno disso o tempo todo e a cada dia descubro que sei menos, que conheço menos.
    Estamos sim nos tornando um grão de areia numa grande praia. O que me assusta um puco é a fusão real/virtual. Vejo as pessoas um puco perdidas porque o mundo virtual hoje é que faz adeptos, o que leva uma peessoa ao sucesso em questão de segundos, o que conquista reinos...
    E nele, a essência se perde.

    Excelente texto! Parabéns mais uma vez

    Bjs

    Leila

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  38. Hi Mrs. Vampire. Estou atrasado nos comentários, mas impossível sentir este atraso em uma crônica com um tema tão atual.
    Já tinha lido esta frase que o Jacques destacou, desconheço a sua autoria, contanto, penso que seja uma grande verdade, há pessoas que realmente deixam de dar atenção a sua vida e pessoas reais para se enveredarem e esquecerem completamente de tudo no mundo virtual. É uma fuga para muitos, não diria para todos, pois para alguns estes enredados sociais são muito úteis, principalmente para quem escreve tal como eu e você.
    É preciso ressaltar que concordo que tampouco estamos sozinhos e gostei da forma com que conduziu o texto, nos fazendo imaginar o que é uma realidade, uma realidade que muitos parecem ignorar e que até conversamos a respeito, das pessoas que narram coisas tão sérias na web, como se não tivessem noção da dimensão que este universo pode tomar. Como se estivessem falando com um vizinho. E creio que aí está o grande perigo. Nem mesmo com nossos vizinhos falamos coisas que devem (ou ao menos deveriam) ser tão particulares.
    Usar entes enredados sociais com cautela é muito útil. E quando menciono cautela, refiro-me não somente a nossa individualidade, mas ao respeito a individualidade dos demais também, principalmente os que nos comunicamos com frequência.
    Não acho que precise haver uma amizade virtual para haver este respeito mútuo. E o ruim é que vemos pessoas que estão a pregar este rumo de "amizade" pensando que pelo fato de ser virtual, de não ter uma comunicação maior com as pessoas além da escrita, também perdem a noção de respeito, lealdade, consideração...
    A memória das pessoas aqui é muito efêmera devido ao imediatismo de "novas amizades" que não param de surgir. Fazendo esquecer rapidamente quem ajudou a sua ascensão, diríamos assim, no mundo virtual. E vejo muito isto entre blogueiros, um assunto que criou controvérsia certa vez no Facebook quando falei a respeito dele, onde pessoas acabaram tomando coisas para si que eu nem cheguei a pensar em tais pessoas por não fazerem parte, assiduamente, deste enredo social.
    Posso não ficar de mimimi, bajulando os parceiros, prometendo uma amizade que não posso oferecer, entretanto, não deixo de observar o comportamento humano cada vez mais mecânico que está se desenvolvendo por aqui e entendo completamente o desabafo que fez em meu blogue (até o destaquei como status no Facebook):

    "o que me irrita é quando as pessoas não sabem o que é comunicação social elementar, e que se estamos numa rede, se possuímos um perfil PÚBLICO, ele é PÚBLICO, então temos que nos responsabilizar publicamente por mudanças que escolhemos, inclusive os 'dels' da vida e comunicar as pessoas que tínhamos relação, isso é básico".

    Não poderia concordar mais. Posso não ser o "amigo" virtual, mas sempre que está ao meu alcance, eu demonstro respeito por aqueles os quais tenho contato avisando quando vou ficar distante deste mundo paralelo, enviando mensagens se penso que ele não está bem. Infelizmente pessoas vêem isto com "ter que dar satisfações de suas vidas" ou que podem mentir descaradamente uma falta de tempo que não existe "na cara" dos demais e achar que, por estarem distantes de modo físico, podem fazer o que quiserem. Esta falta de ética que se formou por aqui é lamentável e renderia vários posts...

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    1. Deve ter um tanto de erros neste post, escrevi sem conferir e os #dedospsicopatas sempre traem meu cérebro.

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    2. achei dois erros, mas deve ter muitos outros: "eles não estão bem" e "fazer o que quiser". Escrevo posts em forma de comentários e depois que me dou conta. ahaha

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    3. Chris, Mr. Vampire,
      muito obrigada pelo comentário e interessante como você desmembrou a ideia.
      Beijos!

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  39. Olá Cissa, nunca estivemos tão conectados quanto neste atual estágio de nossa sociedade, porém isso que era para ser algo bom, nem sempre o é. O que vemos é um mundo de relações fragilizadas, que não se sustentam além contato forjado pela tecnologia. Tecnologia esta que tem afastado muitas pessoas de suas relações no mundo real. De certa forma somos um resultado de tudo isso, com a diferença de que conseguimos compreender este fenômeno e os riscos inerentes à ele e por isso lidamos com ele com uma cautela maior...

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    Respostas
    1. Bruninho,
      muito obrigada pelo comentário, sempre inteligente!
      Beijos!

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