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Charge de autoria de Jaime Guimarães - para visualizar melhor, clique na imagem - |
Segundo a cosmologia maia a Terra tem cinco ciclos, estaríamos nos último que culminaria no dia 21 de dezembro. Para o autor de “Maya Cosmogenese”, John Jenkins, a profecia maia baseia-se num emparelhamento astronômico muito raro, onde o sol de solstício se alinhará com o centro da nossa galáxia, e isso, somado ao fenômeno da precessão: uma mudança do eixo da Terra em relação à esfera celeste.
A partir desse estudo,
surgiram previsões para o fim do mundo nessa data, onde haveria a inversão dos
polos da Terra devido a distúrbios nos campos magnéticos do sol, que
ocasionariam “tormentas solares”.
Muito tem se comentado
sobre isso, assim como, se o mundo tivesse uma data específica para seu fim,
como poderíamos aproveitar esse tempo derradeiro.
Recordei-me do intenso
filme da diretora Isabel Coixet, de 2003, que chegou aqui no Brasil com o
título de “Minha vida sem mim”, onde uma jovem de 23 anos, sabendo-se portadora
de doença terminal, faz uma lista de tudo que ainda quer realizar, coisas que
sempre desejou, mas nunca lhe foram possíveis.
Interessante como o
ser humano parece ter isso intrínseco: colocar a tranca na porta somente depois
que o ladrão invadiu a casa. A vida é breve, pensando assim, toda hora é tempo
de realizar sem esperas. Independente de quando e se o mundo vai acabar mesmo,
a vida é um ser/estar aqui e agora.
O que você colocaria
na lista de coisas ainda a realizar?
Na iminência ou não de um apocalipse, isso não seria a preparação para o fim, e, sim, a proposta de uma gênese pessoal, uma espécie de auto descobrimento. Ao descobrirmos o que nos realizaria, assim se faria nossa realização.
Na iminência ou não de um apocalipse, isso não seria a preparação para o fim, e, sim, a proposta de uma gênese pessoal, uma espécie de auto descobrimento. Ao descobrirmos o que nos realizaria, assim se faria nossa realização.
Penso que concretizar isso,
constitui nosso Ser-feliz, e a felicidade pessoal pode estar tão perto, como
dizia Quintana, em “Da felicidade”: “Quantas
vezes a gente, em busca da ventura, procede tal e qual o avozinho infeliz: em vão, por toda parte, os óculos procura, tendo-os na ponta do nariz.”.
A felicidade pode ser
matemática simples: a cada coisa que se faça por obrigação, se permitir fazer
duas por opção, que seja comer um croissant recheado de doce de leite.
Além disso, a realização
é o que nos eterniza, e mesmo que supostamente o planeta findasse teríamos
sido felizes, mais do que tristes e frustrados. E isso não é tudo que
desejamos? Buum!
Crônica publicada nos jornais: NH (Novo Hamburgo), Gazeta do Sul (Santa Cruz do Sul),
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Crônica publicada nos jornais: NH (Novo Hamburgo), Gazeta do Sul (Santa Cruz do Sul),
Diário Popular (Pelotas), Diário de Cachoeirinha, Diário de Viamão e Correio de Gravataí.
Senza fine - Ornella Vanoni
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Pessoal, agradeço imenso pela companhia de todos neste ano!
Desejo ótimas festas a vocês e suas famílias,
e um próximo ano cheio de boas realizações.
Um abraço grande a todos, nos vemos em 2013!